domingo, 25 de setembro de 2011

"A Caligrafia de Dona Sofia" André Neves

          Enquanto a professora Rosenilda (Rose) lê junto com a turma e elabora trabalhos ligados ao livro, nós, admiradores da boa leitura, esperamos ansiosos a publicação dos trabalhos.
          Só para aumentar a ansiedade aí vai uma sinopse do livro.




  A caligrafia de Dona Sofia 
 autor


Na mais alta colina entre as colinas que guardam a cidade, existe uma casa diferente de todas as outras, com paredes decoradas com poemas. Não haveria quem não pudesse dizer que ali as paredes recitavam, cada canto vivo cuidado com emoção e a caligrafia em estilo que só Dona Sofia sabia... Mas, anos sempre em marcha, a velha percebeu que ficaria sem espaço para escrever os versos que tanto amava.
Com letra de caprichosa moça, a professora aposentada decidiu-se pelos cartões poéticos — prensando
flores sobre o papel, colhendo palavras com sua florida caligrafia — endereçando-os a todos os moradores da pequena cidade... Eis então que a ajuda de Seu Ananias seria de grande valia e entra, em cena, o protagonista desta renda palavra & imagem que André Neves teceu: a história  do carteiro e da amorosa leitora de poetas. E um dia chega e ele próprio recebe um cartão...
 Como as paredes da casa de Dona Sofia, as páginas do livro se abrem, preenchidas por uma caligrafia redonda, cursiva e constante: que o leitor entre nessa casa e descubra, distraidamente ou não, os versos que falam de deslumbramentos, estradas, brilhos, firmamento, primaveras do passado e do presente. São confissões de poetas de variados públicos, agora reunidos sob uma aura romântica e, embora a diversidade das escolhas, parecem mesmo falar a um só ouvido. Este é um projeto sensível,
um livro para ser lido e relido, e quem se atrever a espiar mais as paredes da casa=livro certamente encontrará os poemas motores para esta e para outras produções do autor como se comentassem suas cores e fulgurações, seus horizontes de leitura...
"Um poema partilhado provoca mais amor, mais amizade", como afirma Elias José, "e que há muitas razões para também copiar e espalhar poemas". Como Dona Sofia. Que resgatou, dividiu e multiplicou belezas que os livros guardam. E sua memória jamais esqueceu.






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